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Desenvolvimento emocional e relacional na Educação infantil: implicações do PATHS e do ACE à Formaçã

Ana Paula Fernandes da Silveira Mota


Educar para a Formação Humana implica o processo de unificação do indivíduo por meio do desenvolvimento de habilidades que promovam, dentre outros elementos, intimidade consigo mesmo, bem como o estabelecimento de relações positivas através do cultivo de atitudes de respeito e de cuidado com a própria vida, com as de outrem e com o ambiente. O desenvolvimento emocional e relacional é um dos elementos da formação humana, e, assim, deve ser considerado no processo educativo do indivíduo. No âmbito escolar, ocorrências triviais de comportamentos emocionais desequilibrados nas relações intra e interpessoais das crianças, confirmam a carência que os responsáveis por sua formação, escola e família, têm em relação à educação emocional e ao direcionamento produtivo das relações humanas daquelas. Considerando a perspectiva de desenvolver no indivíduo atitudes formativas de sua humanidade, em especificidade, o desenvolvimento emocional e relacional, a pesquisa apresentada nesta dissertação, realizou um estudo sobre duas propostas formativas relacionadas a tal desenvolvimento: o currículo PATHS (Promoting Alternative Thinking Strategies), programa norte-americano que visa a promover a aprendizagem emocional e interrelacional em crianças; e, o Treinamento ACE (Atenção plena e Concentração no Ensino), desenvolvido pelo Garrison Institute, e destinado a aperfeiçoar a ação do educador no que se refere ao desenvolvimento de qualidades como a atenção às emoções e compaixão em relação a si e às pessoas com as quais convive. Pautada em tais estudos, a parte empírica desta pesquisa, deteve-se a observações investigativas em três distintos ambientes escolares de educação infantil da rede pública de ensino, os quais foram denominados de turmas A, B e C. Todavia, algumas particularidades intencionais diferenciaram cada turma observada. Na turma A, houve intervenções baseadas no PATHS, que foram ministradas pela própria professora da turma; na turma B, a professora havia participado do Treinamento ACE; e, na turma C, a prática pedagógica foi comum, sem acesso a qualquer tipo de formação de natureza semelhante ao PATHS e ao ACE. Tais observações no locus escolar tiveram o propósito de verificar a incidência do descontrole emocional nas relações das crianças e a influência da ação docente na contenção, ou não, de tal incidência. Assim, a pretensão foi averiguar, comparativamente, as implicações do PATHS, do Treinamento ACE e de uma prática usual quanto aos fins observacionais mencionados. Para isso, formulamos instrumentos de coleta de dados e, também, realizamos diário de registro. Nos resultados, a turma A obteve o melhor desempenho quanto ao desenvolvimento emocional e relacional das crianças e à postura educacional docente. Embora tal turma tenha sido contemplada com um trabalho educativo específico para o desenvolvimento das emoções e relações, não atribuímos o resultado exclusivamente a este diferencial, por isso, ressalvamos na análise alguns elementos que foram detectados ao longo das observações. Além disso, reconhecemos algumas distorções na elaboração da pesquisa e a fragilidade no instrumento escolhido, o que dificultou uma análise mais precisa. Entretanto, ainda que os equívocos de pesquisa tenham sido evidenciados, não foram suficientes para invalidar a eficácia do currículo PATHS e do Treinamento ACE no desenvolvimento emocional e relacional de crianças e educadores. Trabalho original publicado em Repositório digital UFPE Link: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/4088

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