top of page

A relação de afetividade homem-terra como motivação para as resistências camponesas do Vale do Açu

Ana Joaquina Barbosa de Souza, Ingrid Jonária da Silva Santos e Zilfran Varela Fontenele


A relação homem-terra sofreu muitas modificações ao longo dos séculos, tornando-se, com o surgimento do capitalismo, menos coadunada e mais pautada nos lucros. Contudo, ainda hoje existem pessoas que têm toda a sua vida sustentada e guiada pela terra, pois este é o lugar onde cresceram, vivem e trabalham, estando essa relação mais intrínseca do que nunca. Este é o caso dos agricultores familiares que têm toda sua estrutura de vida e cultura estritamente ligada à sua relação com a terra.


O lócus desta pesquisa foi a zona rural do município de Ipanguaçu, localizado no Vale do Açu, microrregião do estado do Rio Grande do Norte. Realizamos um levantamento dos resistentes da região, que são pequenos agricultores que resistiram as propostas de compra de suas terras feitas por parte de grandes empresas. Esse grupo de resistentes, que são o foco de nossa pesquisa, são os agricultores João de Deus da Fonseca (senhor Bebel), João Batista do Nascimento (senhor Cazuzinha), Romoaldo Alves de Oliveira, Francisco Chagas dos Santos e Jonas Cirilo de Oliveira. Para a fundamentação teórica deste trabalho, começamos com o levantamento bibliográfico acerca dos temas mais congruentes à nossa pesquisa, tais como agronegócio com Gasques, Rezende, Verde, Salerno, Conceição e Carvalho (2004), agricultura familiar, resistências camponesas com Sabourin (2009) e a relação de afetividade do homem para com a terra com Santoro (2014). Utilizamos ainda pesquisas já existentes acerca da história local e regional, tais como Silva (1992) e Albano (2008), para assim termos uma melhor visão da realidade dos agricultores em questão.

0 visualização0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page